O pênfigo vulgar é uma doença autoimune, em que o sistema imunológico passa a produzir anticorpos que atacam estruturas responsáveis por manter as células da pele unidas. Como resultado, surgem bolhas frágeis e dolorosas que se rompem facilmente, formando feridas na pele e nas mucosas — especialmente na boca.
Por ser uma condição crônica e sem cura definitiva, o tratamento tem como objetivo controlar a atividade da doença, aliviar os sintomas e evitar complicações.
Quais são os principais sintomas?
O pênfigo vulgar costuma se manifestar de forma progressiva. Os primeiros sinais, na maioria das vezes, aparecem na mucosa oral, antes mesmo de surgir qualquer alteração visível na pele. Os sintomas mais comuns são:
- Feridas doloridas na boca, que dificultam a alimentação e a fala.
- Bolhas flácidas na pele, que se rompem facilmente, deixando áreas vermelhas, úmidas e sensíveis.
- Queimação ou dor na pele afetada.
- Dificuldade de cicatrização das lesões.
O desconforto físico costuma vir acompanhado de um impacto emocional muito grande. Lidar com feridas, dor e a insegurança sobre o que está acontecendo pode ser extremamente difícil, e é exatamente por isso que um diagnóstico precoce faz tanta diferença.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do pênfigo vulgar envolve uma avaliação clínica cuidadosa, exames laboratoriais e, principalmente, a biópsia da pele ou da mucosa afetada. Esse exame permite identificar os anticorpos presentes na doença e confirmar o diagnóstico com precisão.
No consultório, quando suspeito de pênfigo, sempre explico todos os passos com calma, porque sei o quanto o medo e a ansiedade podem atrapalhar nesse momento. O mais importante é acolher, esclarecer e orientar com responsabilidade e empatia.
Existe tratamento?
Sim, existe tratamento, e ele é fundamental para controlar a doença e melhorar a qualidade de vida. A base do tratamento do pênfigo vulgar é o uso de medicamentos imunossupressores — que reduzem a atividade exagerada do sistema imunológico. Em muitos casos, utilizamos também corticosteroides e outras terapias específicas, de acordo com a resposta de cada paciente.
Além disso, faço um acompanhamento dermatológico próximo para cuidar das lesões, prevenir infecções e minimizar cicatrizes e desconfortos. O tratamento é sempre individualizado, porque cada pessoa responde de uma forma diferente, e é essencial encontrar o equilíbrio certo para cada caso.