A EBA é uma doença autoimune rara, na qual o próprio sistema imunológico produz anticorpos que atacam uma proteína essencial da pele chamada colágeno tipo VII. Essa proteína é responsável por manter a junção entre a camada mais superficial da pele (epiderme) e a camada mais profunda (derme). Quando essa ligação é rompida, surgem as temidas bolhas, que são extremamente frágeis e podem se romper com facilidade, gerando feridas dolorosas.
Diferente da epidermólise bolhosa hereditária, que aparece desde o nascimento, a EBA surge na vida adulta, sem uma causa genética definida. É uma condição que pode impactar muito a qualidade de vida, tanto pela dor quanto pelos riscos de infecções, cicatrizes e limitações físicas.
Quais são os sintomas?
Os principais sinais que podem indicar a EBA são:
- Bolhas que surgem após traumas mínimos, como atrito da roupa ou pequenos batidas
- Feridas que demoram para cicatrizar
- Cicatrizes atróficas (mais finas ou afundadas) e manchas após a cicatrização
- Perda de unhas
- Lesões em mucosas, como boca, olhos e região genital (em alguns casos)
Essas manifestações podem variar de pessoa para pessoa, tanto na gravidade quanto na frequência.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da Epidermólise Bolhosa Adquirida exige uma avaliação muito criteriosa. Além do exame físico detalhado, é necessário realizar exames específicos, como:
- Biópsia de pele com imunofluorescência direta, que detecta os anticorpos na junção da pele
- Imunofluorescência indireta e outros exames laboratoriais que ajudam a confirmar o diagnóstico e diferenciar a EBA de outras doenças bolhosas autoimunes, como o pênfigo e o penfigoide.
Por ser uma doença rara, muitas vezes o diagnóstico é tardio, por isso é tão importante procurar um dermatologista que tenha experiência com doenças autoimunes.
Existe tratamento?
Sim, existe! Embora seja uma doença crônica, é possível controlar os sintomas, reduzir a formação de bolhas e melhorar muito a qualidade de vida.
O tratamento é individualizado e pode incluir:
- Medicamentos imunossupressores, que ajudam a controlar a atividade do sistema imunológico
- Corticóides, especialmente nos casos mais ativos
- Terapias biológicas, que têm se mostrado promissoras em casos mais resistentes
- Cuidados específicos com a pele, uso de curativos adequados, prevenção de infecções e orientação sobre hábitos diários para proteger a pele
O acompanhamento constante é essencial, já que o tratamento pode exigir ajustes ao longo do tempo, de acordo com a evolução da doença e a resposta de cada paciente.
Como eu posso te ajudar?
Se você convive com bolhas recorrentes, feridas que demoram a cicatrizar ou já recebeu o diagnóstico de Epidermólise Bolhosa Adquirida, saiba que você não está sozinho(a) nesse processo.
Aqui no meu consultório, ofereço um atendimento acolhedor, criterioso e personalizado. Vou te ajudar a compreender melhor sua condição, indicar os exames necessários, definir o melhor plano de tratamento e acompanhar cada etapa da sua jornada, buscando sempre o controle dos sintomas e a sua qualidade de vida.